TORNEIO
DO CENTENÁRIO DO SETE DE ESPADAS
PROVA
N.º 2-C
O
FALSO SUICÍDIO - FOTOPROBLEMA
ORIGINAL
DE: PAULO
Como lhe dizia, senhor
inspetor, o António chamou-me a casa dele. Mandou-me sentar e, sentado na sua
secretária, disse-me que ia fazer um documento em que confirmava que me devia
cem mil euros. Eu disse-lhe que não precisava, que confiava nele.
O António não ligou ao
que eu disse. Estava em frente ao portátil, mas não o usou, colocou uma folha
branca na secretária e começou a escrever. Até foi rápido. Depois disse, já
está. Pousou a caneta, abriu uma gaveta da secretária e só o vi de arma na mão
a encostar o cano à cabeça e disparar.
Arlindo Salcedo lembrava
as declarações da testemunha, Jorge Gomes, e o corpo da vítima tombado no chão.
Um orifício na têmpora direita. A pistola caída, não muito longe da mão. Uma cápsula
no chão do escritório.
Na mão de Arlindo Salcedo
havia dois documentos: uma fotografia da secretária e uma folha com um texto
onde António Reboredo assumia uma dívida de cem mil euros a Jorge Gomes,
assinada pelo primeiro. Na folha, a mesma que a fotografia registara em cima da
mesa, podia ler-se, “Eu, António Miguel Sousa Reboredo, afirmo dever cem mil
euros (100 000) a Jorge Rui de Almeida Gomes, que me foram emprestados
para eu realizar o negócio da Quinta Velha.
26 de Dezembro de 2020”. Seguia-se a assinatura da vítima.
Ainda no local onde
ocorrera a morte de Arlindo Salcedo não duvidou que precisava de efetuar umas perícias
nas mãos da testemunha e da vítima para confirmar que se estava perante um
homicídio perpetrado por Jorge Gomes.
Leia o problema, observe
a fotografia da secretária e indique por que é que Arlindo Salcedo desconfiou
de Jorge Gomes.
E pronto.
Aqui fica mais um
problema vindo de Viseu, de autoria do confrade Paulo e que nos traz uma nova
modalidade: Fotoproblema.
Significa isso que a foto
apresentada pode e deve ser usada como prova e, mais do que isso, encerra em si
a solução do desafio, devendo os detectives, de forma sucinta, explicarem o que
despertou a suspeita, impreterivelmente até ao dia 31 do corrente mês de Março,
para lumagopessoa@gmail.com
ou, caso optem pela via postal, Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109
MARINHAIS.
Boas deduções e
observações!
TERTÚLIAS
E CONVÍVOS POLICIÁRIOS
MEMÓRIAS
Uma das principais
vertentes em que o Sete de Espadas sempre apoiava a sua acção, enquanto
divulgador do Policiário, era a questão do relacionamento dos policiaristas de
todo o país, privilegiando a constituição de tertúlias, locais onde os
detectives de uma certa zona se reuniam e discutiam os problemas e outros
assuntos policiários.
Na fase seguinte, cada
tertúlia promovia e organizava os convívios policiários nas respectivas zonas,
recebendo os confrades de todo o país, que pudessem e quisessem comparecer.
O primeiro convívio
ocorreu em 1955, em Ponte de Sor e mereceu ao Sete de Espadas uma reportagem
que publicou em 1976 no Mundo de Aventuras, com o título “Nós Fomos a Ponte de
Sor!” e que começava “Pela primeira vez, dentro da nossa Grande Família do
Policiário e em Portugal, foi realizada uma visita de camaradagem e amizade aos
núcleos da Província.”
Com o ressurgir do
Policiário no Mundo de Aventuras, em Março de 1975, pouco depois da restauração
da democracia, o “boom” ocorrido espalhou a constituição das tertúlias e passou
a haver convívios todos os meses, de norte a sul do país, a que se seguiu uma
pequena quebra, originada pela enorme oferta a que a juventude teve,
finalmente, acesso.
Em 1980, o Diário de Lisboa publicava uma reportagem sobre o “segundo fôlego das tertúlias policiárias” e falava do convívio de Vila Nova de Famalicão, numa altura em que o Minho e o Norte do país marcavam enorme presença.
Alguns locais eram já icónicos e os convívios marcava-se de um ano para o outro e, em cada um deles, contava-se um ano de histórias!
Um dos mais desejados e
frequentados, era o Convívio de Almada, organizado pela respectiva tertúlia e
que reunia muitos dos confrades do sul do país, também graças à secção
policiária que o confrade “O Gráfico” orientou durante muitos anos, no Jornal
de Almada. A foto que escolhemos é uma das poucas em que o Sete de Espadas
aparece e foi recolhida no convívio de 1983.
Nela, vamos encontrar, da esquerda para a direita, o Alva, do Laranjeiro; a Lebasi, de Lisboa; o Sete de Espadas; o O Gráfico e, em primeiro plano, a Pal, de Algés, uma figura sempre presente em quase todos os convívios.
A mesma Pal que vamos encontrar, no ano seguinte, em conjunto com o Durandal e o Carlos Estegano, na génese de uma tertúlia policiária que teve actividade relevante e se apresentou ao “Mundo Policiário”, na pessoa do Sete de Espadas, a quem dirigiu o seu “manifesto”, de forma original:
SOLUÇÕES
E CLASSIFICAÇÕES
Nesse mesmo dia, estarão
disponíveis as pontuações obtidas pelos detectives, no blogue SÁBADO
POLICIÁRIO, em sabadopoliciario.blogspot.com.
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