TORNEIO
DO CENTENÁRIO DO SETE DE ESPADAS
PROVA
N.º 1-C
UMA DÚZIA DE QUALIDADE
Original de:
Abrótea
O saudoso “Sete” no velhinho “M.A.”
denominava os seus torneios como “Torneio Quatro Estações”, isto porque
apresentava um problema de palavras cruzadas, um questionário como este, às
vezes sobre B.D. um outro de cultura geral e um problema policial, não
necessariamente por esta ordem.
Assim, aqui fica este teste de
conhecimentos policiais...
1 – Português, viveu no bairro
Alto, muito tempo, além de jornalista, escritor ele foi. Com o seu nome
escreveu “O que diz Molero”, com o pseudónimo escreveu vários livros policiais,
apenas quero os dois nomes...
2 – Inspector Lister, algumas
“Cowboiadas”, muitas capas de revistas, livros esses nem falo. No policial
algumas dezenas de livros, o seu nome real, e já agora o seu pseudónimo, usado
nas antologias, e nos seus livros policiais...
3 – Nascido em 1929, na maior parte
dos seus casos escolheu a cidade de Nova York para resolver os crimes... seu
nome e pseudónimo.
4 – Escrito a duas mãos, publicado
originalmente no Diário de Notícias sob a forma de cartas anónimas entre 24 de
Julho e 27 de Setembro de 1870. Nome do livro que apenas saiu em 1884 (a
primeira versão) e dos seus autores...
5 – Muitos dos seus livros exibem o
título “um crime...”, “Crime...” ou “Morte...”. Jaime Ramos é o seu personagem
preferido, como policial... de quem se trata o autor?
6 – O “SETE” antigamente costumava
dizer, “os dedos das mãos não chegam para encontrar os bons autores policiais”.
Pois eu encontrei mais de uma centena e, entre eles aqui está um ou dois em um.
Ex-advogado, (expulso da ordem por descobrir muitos buracos na lei) com ambos
os pseudónimos, escreveu dezenas de livros e com ambos criou uma dupla, na
maioria dos livros o título começava por “O caso...” apenas quero os dois
pseudónimos.
7 – Uma “tia” super simpática, mas
muito, mesmo muito bisbilhoteira, livro e filme conjugam tudo... nem sempre
veste de azul, mas fica-lhe bem. “O mistério...”, apenas aqui peço o resto do
título, a autora e claro o nome da “TIA”.
8 – Gordo, imensamente gordo,
cultivador de orquídeas, seu nome e o do seu ajudante?
9 – Sem saber que iria ganhar o
primeiro prémio na antiga “Vampiro Magazine” junto com o manuscrito enviou uma
carta escrita atabalhoadamente, não por ele, onde “assassinava” com “Um
Transmontano”. Esse conto mais tarde deu origem a um romance publicado na
velhinha colecção “XIS”. Quero saber quem é o autor, e o nome do (livro)
conto...
10 – Mais um famoso, de Santo
apenas o é de nome o de pau oco. Adora o seu carro, jóias e mulheres bonitas.
Nome do autor por favor...
11 – Uma simples, dois primos, dois
inspectores, “O mistério dos fósforos queimados” quase que iniciou a colecção
“Vampiro”. Nome do autor e claro o inspector.
12 – E como o Inspector Fidalgo vem
repetindo, um dos nossos poetas maiores, também se debruçou sobre o policial.
De quem se trata, e qual o doutor?
E pronto.
Aqui fica a primeira prova do grupo
C – Diversos, de autoria do confrade setubalense Abrótea, um nome bem conhecido
no meio policiário e em outras modalidades de desporto intelectual, Palavras
Cruzadas e Charadas.
Trata-se de um teste relativamente
fácil e para o qual há vasta informação disponível, para ser respondido
impreterivelmente até ao dia 28 de Fevereiro para lumagopessoa@gmail.com, ou em caso de
opção pelo envio postal, Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS.
Boas soluções!
Se o ano de 1952 marcou o
início de uma nova etapa na vida do Sete de Espadas, com o projecto autónomo de
lançamento de A Lente, cuja finalidade seria poder avançar nessa frente,
aglutinando todos os cultores do policial, numa altura em que havia uma enorme
procura, muito à boleia dos livros policiais da Colecção Vampiro, das Edições
Livros do Brasil ou da Colecção Xis, da Editorial Minerva, que publicavam todos
os bons romances policiais dos melhores autores, a realidade é que o Sete de
Espadas não descurou as outras frentes.
Assim se entende que
esteja no Cavaleiro Andante, uma revista de histórias aos quadradinhos de
grande divulgação na época e que hoje ainda é considerada, pelos amantes da
chamada nona arte, um marco importante, onde assina uma secção, “Página
Dezassete”, sob o pseudónimo Misterioso CA.
De acordo com o que
publicitava em sub-título, era uma “secção para toda a gente que se julgue
inteligente”, onde havia testes e curiosidades, exercícios de lógica e pequenos
problemas que os jovens leitores procuravam resolver, inteligentemente.
Mas, para um público mais
adulto e interessado nestas coisas do policial, o Sete de Espadas surge como
tal, nos livros policiais da Colecção Xis, numa secção cujo título “Em Fim de
Livro”, revelava precisamente a sua localização e o efeito pretendido: depois
de um bom romance policial, ali estava o espaço do Sete de Espadas, para
exercitar a “massa cinzenta”.
Aparentemente sem grandes limitações de espaço, uma dificuldade que sempre foi recorrente em todas as secções policiais, porque publicar problemas ou contos o exigiam sobremaneira, o Sete de Espadas conseguiu desenvolver um trabalho importante e mobilizar muitos detectives que, indo à procura dos romances policiais, acabavam por se tornarem leitores assíduos da secção e seus concorrentes nos torneios.
Foram tempos áureos para
o Sete de Espadas, que se prolongariam para os anos seguintes, quer na Colecção
Xis, quer na revista Guião (1953); no Boletim XYZ (1954); ou no Clube de
Literatura Policiária (1956), de que falaremos em breve.
SOB
O SIGNO DO “SETE” - SETE PRÉMIOS
Terminamos hoje a
publicação dos desafios da primeira prova do Torneio do Centenário do Sete de
Espadas.
Cada prova será sempre
composta por três desafios, um de cada um dos grupos: A, para os problemas
tradicionais, em que os detectives terão de elaborar um relatório sobre as
provas encontradas, deduções e conclusões a que chegam; B, para os problemas de
escolha múltipla, em que tudo o que se pede é que os detectives escolham uma
das hipóteses que são fornecidas; C, para outros problemas, de diversos tipos.
Em termos pontuais, os
problemas do grupo A serão pontuados de 1 a 5 pontos, sendo 1 ponto atribuído à
simples presença e 5 à resposta totalmente correcta. Haverá atribuição em cada prova
de menções honrosas às melhores prestações, que poderão servir como factor de
desempate; os problemas dos grupos B e C serão pontuados com 2 pontos em caso
de resposta correcta e 1 ponto se incorrecta.
Como prémios, teremos
sete para atribuir: o troféu Sete de Espadas para o vencedor do torneio; uma
taça para o 2.º e 3.º classificados; uma taça para os autores do melhor
problema de cada um dos grupos, por votação dos concorrentes; finalmente uma
taça para distinguir um detective, em decifração ou produção, por escolha
pessoal do coordenador da secção, pelas características do próprio ou da sua
prestação global, pelo rigor ou originalidade.
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