quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

POLICIÁRIO DE 18 DE FEVEREIRO

 


 

TORNEIO DO CENTENÁRIO DO SETE DE ESPADAS



PROVA N.º 1-C

 

UMA DÚZIA DE QUALIDADE

 

Original de: Abrótea

 

O saudoso “Sete” no velhinho “M.A.” denominava os seus torneios como “Torneio Quatro Estações”, isto porque apresentava um problema de palavras cruzadas, um questionário como este, às vezes sobre B.D. um outro de cultura geral e um problema policial, não necessariamente por esta ordem.

Assim, aqui fica este teste de conhecimentos policiais...

 

 

1 – Português, viveu no bairro Alto, muito tempo, além de jornalista, escritor ele foi. Com o seu nome escreveu “O que diz Molero”, com o pseudónimo escreveu vários livros policiais, apenas quero os dois nomes...

 

2 – Inspector Lister, algumas “Cowboiadas”, muitas capas de revistas, livros esses nem falo. No policial algumas dezenas de livros, o seu nome real, e já agora o seu pseudónimo, usado nas antologias, e nos seus livros policiais...

 

3 – Nascido em 1929, na maior parte dos seus casos escolheu a cidade de Nova York para resolver os crimes... seu nome e pseudónimo.

 

4 – Escrito a duas mãos, publicado originalmente no Diário de Notícias sob a forma de cartas anónimas entre 24 de Julho e 27 de Setembro de 1870. Nome do livro que apenas saiu em 1884 (a primeira versão) e dos seus autores...

 

5 – Muitos dos seus livros exibem o título “um crime...”, “Crime...” ou “Morte...”. Jaime Ramos é o seu personagem preferido, como policial... de quem se trata o autor?

 

6 – O “SETE” antigamente costumava dizer, “os dedos das mãos não chegam para encontrar os bons autores policiais”. Pois eu encontrei mais de uma centena e, entre eles aqui está um ou dois em um. Ex-advogado, (expulso da ordem por descobrir muitos buracos na lei) com ambos os pseudónimos, escreveu dezenas de livros e com ambos criou uma dupla, na maioria dos livros o título começava por “O caso...” apenas quero os dois pseudónimos.

 

7 – Uma “tia” super simpática, mas muito, mesmo muito bisbilhoteira, livro e filme conjugam tudo... nem sempre veste de azul, mas fica-lhe bem. “O mistério...”, apenas aqui peço o resto do título, a autora e claro o nome da “TIA”.

 

8 – Gordo, imensamente gordo, cultivador de orquídeas, seu nome e o do seu ajudante?

 

9 – Sem saber que iria ganhar o primeiro prémio na antiga “Vampiro Magazine” junto com o manuscrito enviou uma carta escrita atabalhoadamente, não por ele, onde “assassinava” com “Um Transmontano”. Esse conto mais tarde deu origem a um romance publicado na velhinha colecção “XIS”. Quero saber quem é o autor, e o nome do (livro) conto...

 

10 – Mais um famoso, de Santo apenas o é de nome o de pau oco. Adora o seu carro, jóias e mulheres bonitas. Nome do autor por favor...

 

11 – Uma simples, dois primos, dois inspectores, “O mistério dos fósforos queimados” quase que iniciou a colecção “Vampiro”. Nome do autor e claro o inspector.

 

12 – E como o Inspector Fidalgo vem repetindo, um dos nossos poetas maiores, também se debruçou sobre o policial. De quem se trata, e qual o doutor?

 

 

 

E pronto.

Aqui fica a primeira prova do grupo C – Diversos, de autoria do confrade setubalense Abrótea, um nome bem conhecido no meio policiário e em outras modalidades de desporto intelectual, Palavras Cruzadas e Charadas.

Trata-se de um teste relativamente fácil e para o qual há vasta informação disponível, para ser respondido impreterivelmente até ao dia 28 de Fevereiro para lumagopessoa@gmail.com, ou em caso de opção pelo envio postal, Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS.

 

Boas soluções!

 

 

 O SETE DE ESPADAS EM 1952

 

Se o ano de 1952 marcou o início de uma nova etapa na vida do Sete de Espadas, com o projecto autónomo de lançamento de A Lente, cuja finalidade seria poder avançar nessa frente, aglutinando todos os cultores do policial, numa altura em que havia uma enorme procura, muito à boleia dos livros policiais da Colecção Vampiro, das Edições Livros do Brasil ou da Colecção Xis, da Editorial Minerva, que publicavam todos os bons romances policiais dos melhores autores, a realidade é que o Sete de Espadas não descurou as outras frentes.



Assim se entende que esteja no Cavaleiro Andante, uma revista de histórias aos quadradinhos de grande divulgação na época e que hoje ainda é considerada, pelos amantes da chamada nona arte, um marco importante, onde assina uma secção, “Página Dezassete”, sob o pseudónimo Misterioso CA.



De acordo com o que publicitava em sub-título, era uma “secção para toda a gente que se julgue inteligente”, onde havia testes e curiosidades, exercícios de lógica e pequenos problemas que os jovens leitores procuravam resolver, inteligentemente.

Mas, para um público mais adulto e interessado nestas coisas do policial, o Sete de Espadas surge como tal, nos livros policiais da Colecção Xis, numa secção cujo título “Em Fim de Livro”, revelava precisamente a sua localização e o efeito pretendido: depois de um bom romance policial, ali estava o espaço do Sete de Espadas, para exercitar a “massa cinzenta”.

Aparentemente sem grandes limitações de espaço, uma dificuldade que sempre foi recorrente em todas as secções policiais, porque publicar problemas ou contos o exigiam sobremaneira, o Sete de Espadas conseguiu desenvolver um trabalho importante e mobilizar muitos detectives que, indo à procura dos romances policiais, acabavam por se tornarem leitores assíduos da secção e seus concorrentes nos torneios.


Foram tempos áureos para o Sete de Espadas, que se prolongariam para os anos seguintes, quer na Colecção Xis, quer na revista Guião (1953); no Boletim XYZ (1954); ou no Clube de Literatura Policiária (1956), de que falaremos em breve.

 

SOB O SIGNO DO “SETE” - SETE PRÉMIOS

 

Terminamos hoje a publicação dos desafios da primeira prova do Torneio do Centenário do Sete de Espadas.

Cada prova será sempre composta por três desafios, um de cada um dos grupos: A, para os problemas tradicionais, em que os detectives terão de elaborar um relatório sobre as provas encontradas, deduções e conclusões a que chegam; B, para os problemas de escolha múltipla, em que tudo o que se pede é que os detectives escolham uma das hipóteses que são fornecidas; C, para outros problemas, de diversos tipos.

Em termos pontuais, os problemas do grupo A serão pontuados de 1 a 5 pontos, sendo 1 ponto atribuído à simples presença e 5 à resposta totalmente correcta. Haverá atribuição em cada prova de menções honrosas às melhores prestações, que poderão servir como factor de desempate; os problemas dos grupos B e C serão pontuados com 2 pontos em caso de resposta correcta e 1 ponto se incorrecta.

Como prémios, teremos sete para atribuir: o troféu Sete de Espadas para o vencedor do torneio; uma taça para o 2.º e 3.º classificados; uma taça para os autores do melhor problema de cada um dos grupos, por votação dos concorrentes; finalmente uma taça para distinguir um detective, em decifração ou produção, por escolha pessoal do coordenador da secção, pelas características do próprio ou da sua prestação global, pelo rigor ou originalidade.

 


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