sábado, 18 de abril de 2020

O INSPECTOR FIDALGO E O LOBISOMEM



TORNEIO SÁBADO POLICIÁRIO 2020

PROVA N.º 3 PARTE II



O INSPECTOR FIDALGO E O LOBISOMEM…

O Inspector Fidalgo nem queria acreditar no que lhe acontecera. Na verdade nem parecia possível que numa aldeia bem portuguesa, numa noite de Junho, tão bela e quente como aquela, com a Lua a mostrar toda a sua plenitude, redonda e brilhante, um qualquer tipo, certamente com algum problema, viesse ter com ele, daquela maneira, a gritar que tinha visto um lobisomem!
O inspector olhou o homem com um misto de interesse e compaixão, logo se arrependendo deste último sentimento. Na verdade, o homem parecia estar convicto de que tudo acontecera como estava a contar…
“Mas é verdade, inspector, foi hoje mesmo… Julga que sou algum lunático, não é verdade? Pois não sou… Hoje mesmo, com esta Lua Cheia que pode ver, o lobisomem apareceu… Eu mesmo o vi!”
“Enganou-se, certamente… Deve ter imaginado”, retorquiu o inspector.
“Não, não e não! Eu vi-o. Eram mais ou menos 21 horas e a escuridão invadia já os caminhos ermos por onde tenho de passar, para chegar a minha casa. Foi ali mesmo, naquele sítio, escuro como breu, como pode ver, só iluminado pela luz da Lua. Como pode ver, quando a Lua se mostra, ainda se vê alguma coisa, mas quando as nuvens a tapam…”
“E o que é que aconteceu?”
“Ora, nuvens escuras encobriram a Lua e ficou tudo escuro. Foi então que me atacou… Só tive tempo de me esquivar, julgando que era algum cão, ou coisa assim, mas logo a seguir a Lua descobriu e pude ver claramente que era um homem com o corpo coberto de pelos, com feições de lobo, horrível… Desatei a fugir e tive a sorte de estarem a chegar outras pessoas, que espantaram o animal, ou homem, ou lá o que ele é…”
“Mas ele chegou a fazer-lhe algum mal?”, insistiu o Inspector Fidalgo.
“Não, tive muita sorte!”, respondeu o homem.
Nenhum dos indivíduos que ele apresentou como tendo chegado a tempo de o safar viu fosse o que fosse e tudo o que sabiam era pela boca do “nosso” homem.
O Inspector Fidalgo sabia que não podia ser um lobisomem o que ele vira, mas queria aprofundar se o homem estaria a mentir ou se estaria de boa-fé, enganado por um qualquer fenómeno…
E pensou…

A - O homem mentiu premeditadamente, inventando uma história que nunca poderia ter-se passado como ele conta.
B - O homem mentiu sem querer, confundido por ter visto alguma coisa que alguém, para lhe meter medo, forjou.
C - O homem não mentiu, antes viu e sentiu tudo como indicou, embora não fosse, como é óbvio, um lobisomem.
D - O homem não mentiu e nada impede que não haja mesmo lobisomens e que tudo seja, rigorosamente, como descreveu.

E pronto. Aqui começa o trabalho dos detectives que terão de indicar impreterivelmente até ao dia 30 de Abril qual a hipótese que escolhem para resolver este caso e enviá-la para o email lumagopessoa@gmail.com, ou, optando pela via postal, para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS.
Boas deduções!

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